Promessa de entregar 6.427 unidades até 2014 está atrasada; de R$ 2,3 bi empenhados, ProInfância só pagou até agora R$ 383 milhões
Para cumprir uma promessa de campanha feita pela presidente Dilma
Rousseff, o Ministério da Educação terá que inaugurar pelo menos 178
creches por mês, ou cinco por dia, até o fim de 2014. Na disputa
presidencial de 2010, Dilma afirmou que iria construir 6.427 creches até
o fim de seu mandato, mas a promessa está longe de se concretizar.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável
pelo ProInfância - que cuida da construção dessas creches - pagou até
agora R$ 383 milhões dos R$ 2,3 bilhões empenhados. No primeiro ano de
governo, a execução do ProInfância ficou em 16%. Nenhuma obra foi
concluída.
Principal aposta do PT nas eleições de 2012, o ex-ministro da
Educação Fernando Haddad deixou o ministério para se candidatar à
Prefeitura de São Paulo sem entregar nenhuma das creches prometidas pela
presidente. Nas últimas campanhas em São Paulo, as creches têm sido
destaque. Seu sucessor, Aloizio Mercadante, tomou posse na última
terça-feira prometendo atender à promessa de Dilma. "Vamos cumprir a
meta de criar mais de 6 mil creches e dar às crianças brasileiras em
fase pré-escolar acolhimento afetivo, nutrição adequada e material
didático que as preparem para a alfabetização", disse o ministro.
Na campanha, Dilma chegou a fixar a meta de construir 1,5 mil
unidades de ensino por ano. Reforçou a promessa no programa de rádio da
Presidência: "A creche é também muito importante para as mães, para que
possam sair para trabalhar tranquilas, sabendo que seus filhos estão
recebendo atenção e cuidados," disse na última segunda-feira.
Déficit. O déficit do País hoje é de 19,7 mil creches. Para se
alcançar uma das metas do Plano Nacional de Educação é preciso triplicar
o número de matrículas nessas unidades. O plano propõe aumentar a
oferta de educação infantil para que 50% da população até três anos
esteja em creches até 2020. Atualmente, esse índice está em 16,6%.
Norte e Nordeste têm os menores porcentuais de matrículas nessa faixa
etária, segundo o Movimento Todos pela Educação. A pior situação é a do
Amapá, que tem menos de 4% das crianças matriculadas. Em São Paulo, a
taxa de matrículas é de 26,7%.
Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,governo-fecha-ano-sem-concluir-nenhuma-creche-,828543,0.htm
Postado por Jéssica Sobreira.
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