segunda-feira, 18 de junho de 2012

Alunos grevistas da UPE participam de reunião na Assembleia Legislativa


Alunos do curso de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) que funciona em Garanhuns, no Agreste pernambucano, participaram, nesta segunda-feira (18), de um encontro na Assembleia Legislativa (Alepe) para discutir a situação da graduação. Os estudantes estão em greve desde o dia 28 de maio e denunciam que faltam professores e equipamentos no campus, como mostra reportagem do NETV 2ª Edição.


A audiência pública reuniu deputados, o reitor da UPE, Carlos Calado, alunos e um promotor de justiça do município. Os universitários falaram sobre os problemas da unidade e apresentaram uma extensa lista do que precisava ser resolvido. Entre os principais itens estão a estruturação do hospital escola, aumento no quadro de funcionários e laboratórios para prática.

“Do jeito que a faculdade está, é complicado. Ela vai ter que lutar muito e investir pesado para que as coisas aconteçam em um tempo hábil, e os primeiros estudantes tenham a oportunidade de se formar com decência”, reclamou o presidente do Centro Acadêmico, o estudante Carlos Fraga.

Carlos Calado reconheceu os problemas e disse que a universidade quer resolvê-los, mas não deu prazo. “As tramitações, as burocracias na liberação de recursos, muitas vezes não atendem aos prazos necessários. Fora isso, nós temos um concurso, que vai ser feito, e temos depois uma segunda etapa, de mais concurso, para docentes do campus de Garanhuns. De tal maneira que os problemas vão sendo superados”, tentou explicar o reitor.

Os deputados prometeram urgência para aprovar o aumento do número de professores, assim que o pedido do governo estadual chegar à Assembleia. A deputada Isabel Cristina (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ressaltou o papel dela e dos colegas: “Se aumentam os cursos e o número de profissionais continua o mesmo, é lógico que tem uma conta matemática que precisa, também, ser ajustada. Então cabe a essa casa aprovar esse projeto para que aumente o número de profissionais que poderão ser incorporados à universidade”.

Para verificar a situação do curso de medicina da UPE de Garanhuns, o Ministério Público de Pernambuco acionou o Ministério da Educação, pedindo uma vistoria nas instalações e na qualidade do ensino do campus. “Nós acionamos o MEC, para que seja feita uma fiscalização no campus de Garanhuns, no curso de medicina, para ver se ele possui os requisitos necessários ao seu funcionamento”, explicou o promotor Alexandre Bezerra.



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