No dia em que a greve dos docentes das instituições federais de ensino completa 100 dias, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nota com a reafirmação de que as negociações estão encerradas. Segundo a publicação, o acordo assinado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a menor parte dos professores, busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes.
De acordo com a nota o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) podem aderir ao acordo a qualquer momento.
A presidente do Andes-SN, Marinalva Oliveira, protocolou nesta quinta-feira (23) no MEC e no Ministério do Planejamento o pedido para a reabertura das negociações. Nesta sexta-feira (24), o documento também foi protocolado na Presidência da República.
“Até o momento, o MEC e o Planejamento não se dispuseram a nos receber para conversar sobre a contraproposta. Tudo o que temos ouvido do governo é através da imprensa. Além de intransigente, é uma atitude desrespeitosa com os professores federais deste país", disse Marinalva. A oferta do governo, rejeitada pela maioria dos docentes, prevê reajuste mínimo de 25% e máximo de 40%. No entanto, a categoria exige a reestruturação do plano de carreira e melhoria nas condições de trabalho e ensino.
"A extensão da nossa greve é responsabilidade única do governo, que vem empurrando com a barriga a reestruturação da carreira desde o ano passado e descumpriu todos os prazos por ele mesmo estabelecido. Deflagramos greve em 17 de maio, após várias tentativas de interlocução junto ao MEC e Planejamento, e só fomos chamados para negociação em meados de julho", protesta Marinalva.
Na segunda-feira (27) os servidores das federais, que chegaram a um acordo com o governo, retomarão as atividades. Já a greve dos professores segue por tempo indeterminado.
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