Mais uma vez, Campina Grande foi destaque na imprensa nacional em números negativos. Na matéria do economista Gustavo Ioschpe, publicada na revista VEJA dessa semana, a cidade aparece em décimo lugar no ranking das redes municipais com pior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Os números do Ideb apontam a real situação das escolas em Campina Grande. O índice é usado pelo Ministério da Educação para avaliar a qualidade do ensino básico no país e ainda mostrar a evolução e indicar caminhos para a melhora no quadro. Nas últimas notas divulgadas, Campina Grande teve seu desempenho estagnado. A nota do município se mantém desde 2007 em 2,9, sem crescimento.
Outro fato que marcou a semana e a imagem da cidade foi a falha de um dos candidatos a prefeito de Campina Grande, que errou a sigla do Ideb em seu guia eleitoral. Gustavo Ioschpe, que também é idealizador do projeto "Ideb na Escola" (http://www.idebnaescola.org.br/), assistiu ao vídeo do candidato e comentou, através de seu twitter: "Coisa triste...".
Para resolver o problema da educação em Campina Grande é preciso investir em todas as escolas da rede municipal, adotando um padrão de excelência, e não recuperando uma ou outra. É o que afirma o educador João Batista Araújo, presidente do Instituto Alfa e Beto, ONG dedicada à educação, em entrevista à VEJA de 22 de agosto.
João Batista destaca ainda a falha de muitos gestores que querem transformar a educação apenas entregando tablets e outros equipamentos aos alunos, quando perguntado sobre a compra de milhares de tablets pelo MEC.
"Nenhum país conseguiu melhorar a educação a partir do uso da tecnologia. Não estou dizendo que a tecnologia seja ruim. Ela tem seu potencial, desde que seja usada no contexto apropriado. Não adianta colocar ingredientes certos na receita errada", afirmou o educador.
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