segunda-feira, 18 de junho de 2012

Governo adia negociações e greve nas universidades federais continua

No Brasil, devido a greve, temos 55 instituições paradas.


A nova rodada de negociação entre o governo federal e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), marcada para esta terça-feira 19, foi novamente adiada pelo governo. A negociação prometia colocar um fim à greve que já dura mais de um mês e atinge 55 universidades e institutos federais pelo País.
O principal motivo para o adiamento foi a falta de uma definição sobre um plano de carreira concreto, exigido pelos docentes em greve, e a Rio+20, que ocupa os esforços do governo no momento.
“Pela manhã recebi um telefonema do secretário Sérgio Mendonça (secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento) informando que o governo não conseguiu reunir os diversos escalões para elaborar uma proposta e que não conseguiria fazer isso rapidamente por conta da Rio +20″, adiantou a presidente da Andes, Marina Barbosa, à CartaCapital.

“Isso é mais uma prova de que o governo não cumpre com os prazos que ele mesmo anuncia. Estamos buscando uma conversa desde agosto de 2010 e até agora não temos nada de concreto”, completa.
As reivindicações da categoria dos professores são antigas e se referem à reestruturação do plano de carreira dos docentes e melhores condições de trabalho. Os professores também reclamam do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que, segundo eles, expandiu de forma improvisada o ensino superior público. “Notamos que ensino superior federal foi expandido nas propagandas, mas não assegurado na condição real”, avalia Marina Barbosa.
“Não adianta fazer discurso de que vai colocar filhos da classe trabalhadora e da classe média na universidade, sem dar condições para o aluno se sustentar estudando”, crítica.
Segundo a presidente da Andes, a categoria ainda não foi notificada sobre o adiamento por escrito e não tem previsão de quando será agendada a próxima reunião. “O secretário me disse, por telefone, que provavelmente a reunião aconteceria na semana que vem, mas não especificou nenhuma data ou horário”, relata.

ENAPET 2012

Sobre São Luís - MA





CULTURA POPULAR DO MARANHÃO

São Luís, Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1997, recebeu dois títulos nos últimos anos que valorizaram seu patrimônio arquitetônico e suas diversas manifestações populares existentes na cidade, o primeiro foi em 2009, quando recebeu em Fevereiro o prêmio de “Capital Brasileira da Cultura 2009” (podem concorrer todos os municípios do Brasil), a segunda premiação foi em Abril de 2012, quando recebeu o título de “Capital Americana da Cultura 2012” (podem concorrer todos os municípios da América).
A cultura popular do Maranhão deu uma relevante contribuição para o recebimento destes prêmios à cidade. Algumas expressões que fazem parte desta cultura popular são: Tambor de Crioula, Cacuriá, Bumba – Meu – Boi, Reggae, Blocos Tradicionais, entre outros.
Tendo em vista que a festa do XVII ENAPET é intitulada Festa Popular Maranhense, apresentamos a seguir algumas manifestações populares do Estado, com seus históricos e suas respectivas imagens, como sugestão de traje para a festa do XVII ENAPET 2012.

1 - TAMBOR DE CRIOULA: O Tambor de Crioula, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil  desde 2007, é uma dança Afro – brasileira de origem maranhense, foi introduzida no Estado pelos escravos que aqui chegaram, vincularam seu ritual ao catolicismo como pagamento de promessa a São Benedito. Seus participantes se apresentam em círculo com canto e percussão de tambores.
Os integrantes que compõem o Tambor de Crioula são: as coreiras (dançarinas); os tocadores e os cantores. A dança é conduzida por um ritmo ininterrupto dos tambores e pela influência do canto, e finaliza com a punga ou umbigada, esta a parte principal da dança em que as coreiras tocam o ventre uma das outras.
festa1



                   2 - CACURIÁ: É uma dança típica do estado do Maranhão, nasceu como parte das festividades do Divino Espírito Santo, no município de Alcântara. A dança é feita em pares com formação em círculo, chamados “cordões”, ela é acompanhada por instrumentos de percussão chamados caixas do Divino, que são pequenos tambores.
O Cacuriá surgiu do final da Festa do Divino Espírito Santo, após a chamada derrubada do mastro, as caixeiras e os festeiros, aproveitavam para nesse momento se divertirem, já que nos dias da festa não era possível.
E tocavam e dançavam o carimbó de caixas, ou ainda o baile de caixas, de forma sensual, mas sem ser vulgar.  A partir desse baile, nasce o Cacuriá, trazido a São Luís por Seu Lauro, folclorista e morador do bairro da Vila Ivar Saldanha.
Após essa fase o Cacuriá assume e realça sua dança sensual, a partir de Dona Teté, que fora caixeira e montou um Cacuriá com o apoio do Laborarte, que ficou muito conhecido por Cacuriá de Dona Teté.
As mulheres dançam com blusas geralmente curtas e saia comprida rodada, sempre adornadas por flores.  Já os homens geralmente usam colete sem camisa por baixo e calças curtas, ou por vezes blusas e calças bordadas. A roupa masculina sempre acompanha a estampa da roupa feminina.
festa2



3 - BUMBA - MEU - BOI : A tradição surgiu por volta do século XVIII. Por ser uma festa de origem negra, sofreu perseguição política e policial, chegando a ser proibida de 1861 a 1868, passou por muitas perseguições e restrições. E pouco a pouco foi contagiando, empolgando e envolvendo a população de São Luís e do Estado.
Hoje o Bumba-meu-boi é o maior representante do folclore maranhense. O boi brinca em homenagem aos seus protetores, São João, São Pedro e São Marçal. A festa acontece no mês de junho. Porém, há eventos fora de época, em que se pode apreciá-lo.
Cada Bumba – Meu - Boi tem o seu sotaque, ou seja, uma forma própria de se expressar através das vestimentas, da coreografia, dos instrumentos e da cadência da música. O que constitui 5 (cinco) sotaques: Matraca, Zabumba, Costa de Mão, Baixada e Orquestra.
              festa3
3.1 Matraca: Este sotaque tem sua origem em São Luís, por este motivo é conhecido também como sotaque da ilha,  possui como principal instrumento a matraca - dois pedaços de madeira que são batidos um no outro, o pandeiro rústico, feito de couro de cabra, e o tambor onça, encadeando um ritmo bem empolgante.
              festa4
3.2 Zabumba: Sua origem é do município de Guimarães e arredores, tem como puxadores o ritmo africano das zabumbas, tambores bem grandes socados por uma maceta e pandeirinhos, que  marcam o ritmo. O figurino é bem rico. Os brincantes usam roupas aveludadas, saias amplas bordadas e chapéus cheios de fitas que quase cobrem seu rosto.
              festa5

3.3 Costa de Mão: Surgido na região de Cururupu, esse sotaque vem embalado por um ritmo cadenciado ao som de pandeiros tocados com as costas da mão, caixas e maracás. As roupas também têm bordados em calças e casacos e seus chapéus em cogumelo funil são adornados com flores.
                    festa6
3.4 Baixada: O som é mais leve e lento, apesar de também conter pandeiros e matracas. O diferencial está no toque ritmado que dá o tom suave. A roupa vem com penas e bordados em bases de veludo e chapéus suntuosos. O Cazumbá - bicho e homem, é personagem característico desse sotaque.
                    festa7
3.5 Orquestra: Tem origem na Vila Pereira, no município de Rosário-MA. Seu ritmo é festivo e de muita alegria. Seu destaque é a utilização de instrumentos de sopro e corda. Os participantes também têm trajes de veludo com ricos bordados de miçangas, dançam ao som da orquestra. Também compõem o instrumentário, os maracás, tambores-onça e bombos (tambor semelhante a zabumba). O sotaque de orquestra tem sua origem quando um grupo de músicos após tocar uma ladainha em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. Ficaram para assistir a uma apresentação de um boi de Zabumba, que os empolgou a ponto de tentarem acompanhar o ritmo do boi com os instrumentos de sopros, que mais tarde daria forma ao sotaque de orquestra.
                    festa8


4 - REGGAE: Este  ritmo é originário da Jamaica e chegou a São Luís por volta dos anos de 1970. Há algumas versões de sua chegada à cidade, como por exemplo, a versão que explica a origem do reggae na capital vinda através do Porto do Itaqui, trazidos por marinheiros da Guiana Francesa,  que trocavam seus discos  de vinis  com os marinheiros maranhenses por outras mercadorias..
A outra versão é que neste tempo, década de 1970, um apreciador de músicas caribenhas, chamado Macedo, teve acesso a discos de reggae em Belém, estes discos por sua vez eram contrabandeados da Guiana Francesa.
Este apreciador começou a promover festas ao som de reggae em grandes radiolas. Também há quem acredite que as festas eram realizadas por pessoas que conheceram o reggae por meio dos rádios na cidade. Este ritmo, mesmo desconhecido, foi bem recebido pelos frequentadores das festas. Hoje em dia podem-se perceber dezenas de aparelhagem de som, conhecidas como radiolas do reggae.
O ritmo mais tocado nas radiolas pela cidade é o reggae roots, isto é, o reggae de raiz, por este motivo São Luís é conhecida como Jamaica brasileira. Os regueiros de São Luís têm suas peculiaridades, e construíram vocabulários próprios, como por exemplo, massa regueira (frequentadores e amantes do reggae); melô (as musicas tocadas nas radiolas); radioleiro (proprietário de radiola); pedra ou pedrada (quando o reggae é intitulado bom); entre outros.
                   Outra particularidade do reggae da capital é a maneira de dançar, haja vista que a cidade é uma das poucas do mundo, senão a única que se dança o reggae agarradinho, com passos lentos e cadenciados.

festa11festa9
5 - BLOCOS TRADICIONAIS: Tem seus primeiros registros na década de 1930, com origem no centro da cidade, de início os instrumentos como: apito, cabaças,  roca, retintas, ganzás, agogôs, reco-recos e contratempos (tambores grandes que configuram o principal instrumento) eram tocados em lentos e cadenciados  compassos.
Assim, em suas primeiras décadas eram conhecidos como Bloco de Ritmos, por volta dos anos de 1970, passou a ser chamado de Bloco Tradicional, pelo fato do batuque existir somente em São Luís, criou-se um discurso que a batucada era tradicional da capital.  Por volta dos anos de 1980, a marcação e as batucadas dos blocos começaram a ser tocadas em ritmo mais acelerado. Atualmente está em processo de reconhecimento do título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
                  Os primeiros blocos surgiram com seus integrantes vestidos de fofão (personagem típico da cidade), com pano de chita, hoje a característica dos blocos são as fantasias luxuosas, com tecidos bordados, com tecidos de veludo, de lamê ou de cetim, geralmente bordadas com paetês, miçangas e canutilhos. 

festa10


Mudanças nos números de matrículas da UFCG


Mudanças nos números de matrículas

Os números de matrículas de TODOS os alunos mudaram conforme regras a seguir:
1. Todas as matrículas receberam um "0" após o 5º dígito. Ex.: 12345678 -> 123450678
2. Matrículas do campus de Campina Grande tiveram o primeiro dígito modificado de "2" para "1". Ex.: 23568945 -> 135680945
3. Matrículas do campus de Patos tiveram o primeiro dígito modificado de "7" para "4". Ex.: 73568945 -> 435680945

Disponível em: <www.ufcg.edu.br/>

Alunos grevistas da UPE participam de reunião na Assembleia Legislativa


Alunos do curso de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) que funciona em Garanhuns, no Agreste pernambucano, participaram, nesta segunda-feira (18), de um encontro na Assembleia Legislativa (Alepe) para discutir a situação da graduação. Os estudantes estão em greve desde o dia 28 de maio e denunciam que faltam professores e equipamentos no campus, como mostra reportagem do NETV 2ª Edição.


A audiência pública reuniu deputados, o reitor da UPE, Carlos Calado, alunos e um promotor de justiça do município. Os universitários falaram sobre os problemas da unidade e apresentaram uma extensa lista do que precisava ser resolvido. Entre os principais itens estão a estruturação do hospital escola, aumento no quadro de funcionários e laboratórios para prática.

“Do jeito que a faculdade está, é complicado. Ela vai ter que lutar muito e investir pesado para que as coisas aconteçam em um tempo hábil, e os primeiros estudantes tenham a oportunidade de se formar com decência”, reclamou o presidente do Centro Acadêmico, o estudante Carlos Fraga.

Carlos Calado reconheceu os problemas e disse que a universidade quer resolvê-los, mas não deu prazo. “As tramitações, as burocracias na liberação de recursos, muitas vezes não atendem aos prazos necessários. Fora isso, nós temos um concurso, que vai ser feito, e temos depois uma segunda etapa, de mais concurso, para docentes do campus de Garanhuns. De tal maneira que os problemas vão sendo superados”, tentou explicar o reitor.

Os deputados prometeram urgência para aprovar o aumento do número de professores, assim que o pedido do governo estadual chegar à Assembleia. A deputada Isabel Cristina (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ressaltou o papel dela e dos colegas: “Se aumentam os cursos e o número de profissionais continua o mesmo, é lógico que tem uma conta matemática que precisa, também, ser ajustada. Então cabe a essa casa aprovar esse projeto para que aumente o número de profissionais que poderão ser incorporados à universidade”.

Para verificar a situação do curso de medicina da UPE de Garanhuns, o Ministério Público de Pernambuco acionou o Ministério da Educação, pedindo uma vistoria nas instalações e na qualidade do ensino do campus. “Nós acionamos o MEC, para que seja feita uma fiscalização no campus de Garanhuns, no curso de medicina, para ver se ele possui os requisitos necessários ao seu funcionamento”, explicou o promotor Alexandre Bezerra.